Diversos estudos relatam que mulheres possuem maior risco de diagnóstico de insônia do que os homens, mas além dessa questão relacionada ao sexo, também há um impacto no sono quando se observa a fase do desenvolvimento ao longo da vida. No caso das mulheres, a menopausa se torna uma condição que pode potencializar alterações no padrão de sono.
Estudos do Instituto do Sono apontam que a insônia atinge seis a cada dez mulheres na menopausa. Ela é relativamente comum, pois está relacionada - em grande parte - com alterações hormonais muito presentes nessa fase. Essa oscilação dos hormônios pode causar diversos efeitos como ondas de calor, ansiedade e irritabilidade.
Além disso, há outro fator que pode contribuir para impactar o sono de forma negativa: as idas frequentes ao banheiro devido a maior flacidez da bexiga. Uma noite de sono com diversas interrupções não garante um sono reparador. Outro ponto muito importante para destacar é que como reflexo das modificações causadas pela menopausa, a mulher pode desenvolver mais gordura abdominal e no pescoço, o que pode acarretar no desenvolvimento da apneia do sono. Segundo estudos do Instituto do Sono, a cada centímetro de circunferência abdominal a mais, o risco de surgimento de apneia obstrutiva do sono cresce 5%.
Além do aspecto hormonal
É unânime o entendimento que a oscilação dos hormônios acontece e tem seus impactos, certo? Porém, a mulher enfrenta uma série de outros desafios nessa idade, tais como mudanças no corpo devido ao envelhecimento, encerramento do ciclo profissional com a aposentadoria, sobrecarga de responsabilidades domésticas quando sua disposição já não é a mesma. Todos esses fatores somados aos aspectos biológicos podem contribuir para que comecem a surgir sintomas depressivos que podem aparecer paralelamente a quadros de insônia.
Como manter um sono de qualidade nesse período?
Pratique hábitos saudáveis: alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e manejo do estresse;
Mantenha uma rotina que ajude a acalmar antes de dormir: faça uma atividade relaxante, tome um chá, faça refeições leves, evite o uso de eletrônicos próximo ao horário de ir para a cama, diminua a intensidade das luzes;
Cuide da sua auto-estima e adote práticas de autocuidado que contribuam para o seu bem-estar e
Faça terapia cognitivo-comportamental para insônia: a técnica ajuda a reavaliar comportamentos, hábitos e crenças e é um dos principais tratamentos não medicamentosos para a insônia.
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